sábado, 29 de junho de 2013

Uma frente libertária de luta é possível?

UMA FRENTE LIBERTÁRIA DE LUTA É POSSÍVEL?

As últimas mobilizações em torno da revindicação pela redução da tarifa e gratuidade do transporte público ocorridas no Brasil trazem à tona uma insatisfação coletiva com as então políticas estatais de administração inseridas nas engrenagens enferrujadas do governo. Embora penosamente reprimida há muito, nossa inconformidade com os atentados ao bem estar e garantia dos direitos básicos retoma as vias de escoamento através da manifestação das ruas, com o amplo auxílio do desmascaramento da mídia nacional através das redes sociais. Neste complexo contexto de transformação, sentimos a necessidade de serem sugeridas articulações que permitam a coerência entre a ação e nossas reais problemáticas do cotidiano, com o respeito à singularidade dxs indivíduxs. 

A perspectiva anarquista, enquanto postura política direcionada à busca/luta pela abolição da dominação e formas hierárquicas de organização social, nos permite a compreensão de propostas de luta baseadas nas premissas da liberdade individual e coletiva. Assim, acreditamos que nossos anseios, acarretados nas “colisões" sociedade x indivíduo, seriam melhor contemplados em organizações autônomas que abracem visões multifacetadas de contestação através das revindicações que permeiam os interesses da população, não sendo postas necessidades de lideranças e filiações partidárias com representatividade na dita “democracia”. A luta pela gratuidade do transporte público, enquanto movimento social, deve estar pautada em uma horizontalidade favorável ao diálogo com as propostas anarquistas.

“Blá Blá Blá. Mas e a baderna e o vandalismo? Vocês querem queimar o congresso nacional, é isso? Caiam na real!” Seja em suas leituras clássicas ou contemporâneas, as mobilizações anarquistas não abrem mão do enfrentamento a quaisquer expressões de autoritarismo e sistemas opressivos. Assim, ações mais ofensivas direcionadas à determinadas instituições ou “patrimônios públicos” são passíveis de 
uma análise em termos do objetivo de resistência mediante aos que expropriam e menosprezam a essência libertária constituinte do humano.

 Este posicionamento dá margens à interpretações equivocadas de uma banalização da violência, quando na verdade deveria ser discutida a adoção de uma auto-defesa revolucionária mediante os insistentes abusos às condições de integridade e bem estar dxs indivíduxs.  Por outro lado, cabe a consideração de que um pacifismo banalizado e sem fundamentos deixa vias para a construção do teatro onde se apresenta uma manifestação apaziguadora de consciências já subjulgadas às regras impostas pela opressão.  Acreditamos na real importância de uma reflexão mais comprometida com as concretas motivações dos “atos violentos”, atentando para as contínuas tentativas de criminalização das ações diretas que ameaçam as estruturas reprodutoras da logística da desigualdade social.

Enquanto anarquistas, apoiamos as mais diversificadas formas de ativismo que contemplem ideais libertários e tragam a política do cotidiano (construída e praticada no dia a dia). Em nossas individualidades, estamos inseridos em propostas como ciberativismo, cicloativismo, vegan/vegetarianismo, anarco-feminismo/queer e manifestações artísticas contraculturais. Nos sentimos parte deste momento com “frescor de primavera dos povos”, na luta contra as injustiças que assolam nossa realidade. Adelante, companheirxs.

ESTE PANFLETO NÃO POSSUI CARATÉR DE CONVOCATÓRIA, AUTOPROMOÇÃO OU INCITAÇÃO À VIOLÊNCIA BANALIZADA, MAS SIM DE FACILITAÇÃO DO DIÁLOGO ENTRE A POPULAÇÃO E OS IDEAIS ANARQUISTAS. HORIZONTALIDADE, AUTONOMIA E LIBERDADE ANTES DE TUDO! SOLIDARIEDADE PARA COM XS COMPANHEIRXS EM LUTA NA TURQUIA, GRÉCIA, EGITO E EM TODO O BRASIL.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Como a não-violência protege o Estado (e-book download)

Livro: Como a não-violência protege o Estado

Pode a não-violência ser uma ferramenta de mudança social eficaz ou apenas mais um teatro de que pede autorização do estado para manifestações apaziguadoras de consciências já subjulgadas pelas regras impostas pelo sistema de opressão?

Como Não-Violência Protege o Estado desafia a crença de que a não-violência é a única forma de lutar por um mundo melhor. Em um texto desafiador, Peter Gelderloos convida militantes a considerar táticas diversas, apaixonadamente argumentando que a não-violência muitas vezes age para reforçar as estruturas de opressão que os ativistas buscam derrubar.

Longe de um apelo irracional a violência, Peter destrói sistematicamente mitos históricos da não-violência como Gandhi e Martin Luther King para defender a pluralidade de estratégias e táticas na luta contra toda forma de opressão.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Intervenção Marginal (07/06/13)


Em Campina Grande, PB

Sexta agora dia 07 de Junho Intervenção Marginal às 18 horas na central de aula da UEPB. Exposição de materiais libertários, troca de ideia e ocupação do mundo de forma autônoma.
Movida punk e anarquista com o propósito de agitar, incomodar e nos fazer presentes em todos os lugares.....um rasgo nas instituições humanas que atrasam nossas vidas, nos acovardam e nos inibem intelectual e moralmente, vamos juntos proporcionar um momento de descontração sem deixar de lado nossas posturas políticas, sexuais, éticas, ecológicas...
Que surja o novo a cada instante!!!!

(A)//(E)